quinta-feira, 8 de junho de 2017

19º Capítulo − Faz amor comigo… Eu confio em ti.


AVISO: O capítulo contém cenas sexualmente explícitas!

Can you just stay through the night?

Turn down the bed and the blinds
Before your turn around
Can you just stay through the night?
Let me breathe you in 'til gravity bends
And we fall through the hole in the light
Make this our kingdom
Somewhere where good love conquers and not divide
– John Legend in Surefire

Sunday, 06:50 P.M. Here's to Never Growing Up Bar, California
Estava tudo muito bem organizado naquela noite. George veio ajudar Eddie na cozinha e Clarisse, uma amiga vizinha da família, veio ajudar a servir à mesa.
A intuição de Eddie nunca falhou em relação se o dia iria ser cheio ou não. Como ele costumava dizer “A velhice também é um posto”, e bem, como ele estava certo.
Demetria atendia toda gente com bastante simpatia, tinha parado de fazer performances, também, à coisa de dois dias, porque dentro de uma semana retiraria as amígdalas.
Segurou um das folhas do bloco de notas no varal da abertura da cozinha com uma mola de roupa. Tomou um pouco de água e sorriu para George. Quando se virou, sentiu uma ânsia de vómito e uma tontura num misto de raiva e tristeza.
Claire e Taylor tinham vindo mesmo. Taylor nem tocou na cadeira, simplesmente pousou o seu casaco, deu um selinho a Claire e, talvez, foi à casa de banho/banheiro.
Ela queria imenso ir falar uma última vez com Claire e quando se deu conta, bem, já ia na sua direção. A sua expressão fechou-se em desgosto. Claire olhava para o seu lado direito quando Demetria bateu com os punhos na mesa. Claire estremeceu pelo susto.
− A sério, Claire? Tu és estúpida? – Demetria rangeu os dentes. Claire olhou-a de cima.
− Não. Apenas estou com alguém que me ama de verdade, alguém que não é o que tu dizes ser. Sobretudo, alguém que não tenta algo logo com o primeiro beijo.
− Ah, esse foi o problema?! Era simples a resolução. Bastava dizer “Para, Demi. Não estou pronta ainda.” – Demetria estava alterada, o seu coração estava pesado.
− Mas eu nunca te amei… − Com toda a serenidade, foi apenas isto que Claire disse. Instalou-se um silêncio, Claire não estava orgulhosa daquilo que tinha dito. Demetria bufou.
– Sinceramente… Tu não vales um testo. – Demetria desprezou-a. Dirigiu-se para a mesa ao lado da de Claire. O seu sorriso simples e ternurento e depois ela é que era má, francamente!
Claire conteve as lágrimas, não amava Taylor mais que Demetria, não a amava de todo.

Friday, 10:36 A.M. Lovato’s House, California
Demetria tinha falado e cruzado com Claire há quase uma semana. Não tinha estofo e paciência para aguentar a sua infantilidade e irresponsabilidade. Tinha encontrado uma velha colega de liceu, Halsey.
Halsey era, também, bissexual. Tinha-se assumido há pouquíssimo tempo, estava mais graciosa e sensual. Os seus cabelos agora curtos um pouco acima dos ombros. Os cabelos foram doados a mulheres com cancro depois da sua mãe descobrir o seu cancro, maravilhosa.
Demetria convidou-a para celebrarem a sua saída do “armário”, digamos assim. Halsey aceitou de imediato. Foi um excelente jantar piquenique.
Demetria beijou-a e Halsey gostou do sabor dos beijos dela. Naquela noite começaram e subiram de patamar. Fizeram amor ali mesmo, em pleno luar perto do rio. Demetria adorou a experiencia de fazer amor em público, de o ter feito lá fora e de ter perdido a sua virgindade anal com Halsey. Adorou o contraste da delicadeza e do toque selvagem dela.
Halsey, dois dias depois da sua primeira vez com Demetria, e Demetria voltaram a fazê-lo em cima da máquina de lavar roupa da casa de Demetria. Ela voltou a adorar por ter sido rápido e extremamente prazeroso e excitante ser apanhada por alguém. A máquina tinha tido um grande papel daquela vez, ainda estava a trabalhar, ainda vibrava. Sentaram à vez em cima dela antes de fazerem amor uma com a outra.
Halsey teve de regressar à sua cidade, mas não sem antes se despedirem decentemente, fez uma oral e anal deliciosa a Demetria em plena manhã com a porta destrancada, aquela garota adorava um bom perigo.

Friday, 11:03 A.M. Lovato’s House, California
Demetria estava deitada de barriga para cima na sua cama a relembrar os bons tempos. Já tinha sido muito feliz e muito triste, já tinha passado por muito. Desde a morte do seu pai até à desilusão com Claire, esta tinha sido um verdadeiro tiro.
Sentiu e ouviu a porta do seu quarto ser aberta de rompante. Claire. Como se atrevia depois de tudo? Queria dar-lho um estalo ou talvez um beijo seguido de muito amor.
– Demi! Demi desculpa, por favor! Eu estou desesperada. – Claire estava ajoelhada sobre a cama de Demetria a chorar, aos prantos, horrível. – Demetria perdoa-me!
– Pelo quê? Estás sonâmbula e o peso na consciência aumentou? – Demetria não a olhou e troçou dela com um sarcasmo que não usaria se não estivesse magoada.
– A Taylor… A Taylor… – Os seus olhos abriram, interessava-lhe saber do resto. – Ela obrigou-me a fazer-me amor com ela. – Os olhos de Demetria arregalaram-se.
Lembrava-se tão bem da primeira vez com a tonta da Swift, mal Taylor sabia que devia ser a quarta vez que Demetria fazia amor pela quarta ou quinta vez com alguém. Sabia o quanto agressiva e possessiva ela era nesse quesito. Gostava de colocar as suas mãos ásperas e frias na intimidade de com quem fazia e massajar a intimidade nada molhada até gozarem. Era aquilo. Taylor era péssima.
– E… E como foi? – Demetria engoliu em seco a sua primeira tentativa de pergunta, estava a preocupar-se com Claire depois de tudo. – Ela fez-te mal? – Chegou-se para perto dela.
Claire soluçava e negou. Não lhe conseguiu fazer nada. Foi péssimo relembrar como tinha sido.

“Claire chamou Taylor para passar a noite na sua casa, a que a família Lovato partilhava com ela. Sentiu-se mal ao pensar que Demetria estava no seu quarto, enquanto elas se beijavam e tocavam.
Pensou e pensou, queria acabar tudo com Swift. Amava Demetria, não Taylor. Queria voltar para os braços e lábios macios e volumosos de Demetria, diferentes dos de Taylor.
– Claire? – Taylor bateu à porta e chamou pelo seu nome. O coração palpitou quase à beira de um ataque. Puta que pariu, Longoria!
Claire mandou-a entrar. Taylor fechou a porta à chave, deixando Claire confusa e desconfiada.
– Vamos ser só tu e eu, esta noite. – Taylor avançou na direção de Claire. Beijou-a à força numa medida desesperada e levou a sua mão áspera à intimidade de Claire.
Claire voltou a sentir uma ansiedade sufocante das memórias que a assombravam até aos seus dias presentes. Quis gritar como fez quando a sua mãe descobriu.
– Para! Eu não quero isto aconteça assim! Para, Taylor! – Claire lutou para que Taylor tirasse a sua mão de dentro da sua peça intima. Claire odiava-se e sentia nojo de si pelo começo da onda de prazer.
– Oh, por favor, Claire! Que desmancha-prazeres! – Taylor bufou e saiu do quarto de Claire. Claire rapidamente abotoou um dos três dos botões das suas calças que Taylor desabotoou. Ficou lá a soluçar e a achar-se um nojo de Humano

Demetria afagou-lhe a cabeça contra o seu peito. Claire soluçava como uma criança por um brinquedo. Um sentimento de preocupação invadiu-a com arrependimento, queria dar-lhe uma chapada. Não o fez, não o faria.
− Vai tudo ficar bem. – Demetria secou-lhe as lágrimas e acariciou-lhe a face com uma só mão. Uma dúvida aflorou nela, o que se tinha passado com Claire no passado? Com ela e a sua mãe? Porque se davam tão mal? Porque nunca falou do seu pai? – Posso perguntar-te uma coisa? – Claire encarou-a como confirmação. – O que se passou para seres tão receosa quanto a fazeres amor com alguém?
Demetria perguntou sem maldade, mas Claire reviveu tudo outra vez. A raiva, o nojo, a tristeza, o ódio floriram no seu peito. O princípio da sua vida tinha sido uma desgraçada autêntica. Acabou por crescer à força e depressa demais entre amarguras e ódios, fosse talvez por isso que sentisse mais atração pelo sexo feminino. Tinha um estereótipo que o sexo feminino era o delicado, o compreensível, o delicado, o género mais forte.
Quis discutir com Demetria por aquilo, não entenderia a sua reação. Demetria acabaria por descobrir, era melhor contar, seria a sua libertação. A libertação de todos os seus demónios interiores.
− Demi, por favor compreende-me… Ouve-me com atenção. – Claire estava no colo de Demetria. Demetria pensava que era uma questão de se preservar até ao casamento, mas não, era pior.
− Claro… Claire. – Quis chamar-lhe de “meu amor”, mas isso implicaria que fosse sua, ela não era.
− Eu sou filha de Eva Longoria, apenas de ela hoje em dia. – Demetria não se surpreendeu. – Eu tive um pai, mas que hoje em dia é só no papel. Ele feriu-me psicologicamente e fisicamente. – Demetria previu qual seria a história. Não, aquilo não! −  Ele era o grandioso Mike O’Neil, o aclamado melhor jogador de futebol Americano, ex-marido de Eva Longoria que foi detido em 1998 por abuso sexual de uma menor… – Claire respirou pesadamente, Demetria lembrava-se de Dianna comentar o horror com Eddie vezes sem conta.
− Ele abusou sexualmente de ti…? – Demetria perguntou em voz baixa completando a frase de Claire.
− Sim, era eu. Era de mim que ele abusava cada noite ou dia, era de mim, a própria filha. – Claire desabou sobre o peito de Demetria que estava chocada com a crueldade de Mike. – A minha mãe descobriu que a filha dela, a que ela mais amava, estava a ser abusada sexualmente pelo marido, pai da sua filha. – Na mente de Claire passaram memórias cronologicamente organizadas como tortura a si mesma.

“Com apenas cinco anos, Claire já chorava como um pedido de socorro. Claire já sabia o que lhe acontecia às exatas três horas da manhã de cada dia. Sabia que os passos pesados e com um ritmo perfeitamente medidos indicavam as três horas da manhã.
Sabia como as coisas eram. Tinha que fazer pouco barulho e assim recebia um brinquedo. Tinha que ser uma boa menina para o papá, para que o papá fizesse o seu trabalho bem feito, tanto para o seu lado como para o de Claire.
A primeira vez foi horrível como as outras que se seguiram, a única diferença era que já não se importava mais. A dor era igual, mas já estava acostumada a ela, não lhe fazia diferença alguma.
Ah, mas a primeira vez foi constrangedora e repugnante, ela tinha apenas três anos. Lembra-se de todos os detalhes como se fosse ontem.
− Claire acorda, meu amor. – Achou estranho Mike acordá-la quando todos estavam a dormir e o silêncio estava instalado. – O papá quer fazer um acordo. Se deixares que eu faça uma coisa contigo, o papá dá-te um brinquedo. Sim? – Claire com toda a inocência aceitou. – Mas, tens de estar muito caladinha, sossegada e não podes contar nada, sim? – Mike sorriu-lhe com toda a maldade que tinha.
Mike baixou as calças do pijama de Claire e a sua peça intima, Claire achou tudo muito estranho. Assim que Claire estava despida, Mike baixou as suas calças de pijama e os seus boxers e começou uma espiral de dor, onde o corpo de Claire parecia querer se dividir em dois.
         Este ritual repetiu-se por dois anos consecutivos, do qual Eva não tinha conhecimento, até um dia.
         Foi um dos melhores dias para Claire, tinham-na libertado daquele pesadelo. Doze de maio de 1998. Por sorte, Eva notou que Mike saía da cama por volta das três da manhã, observou aquilo sem nunca lhe perguntar nada por uma semana.
         No corredor da casa, reparou que as luzes do quarto da sua pequena Claire estavam acesas, ouviu os barulhos de uma cama a ranger e de pequenos gemidos seguidos de reprovação. Aproximou-se da porta encostada e muito vagarosamente abriu-a e ficou em choque.
         O seu marido abusava sexualmente da sua filha, entendia o porquê de Claire se refugiar na mãe, de a sua interação social tinha mudado, o porquê de ela estar tão triste e revoltada, ansiosa… era o porquê de tudo.
Acendeu as luzes do quarto para que Mike soubesse que tinha sido apanhado. Seguiu-se uma enorme discussão, enquanto Claire chorava e soluçava. Depois de terminar a discussão, depois de exigir o divórcio ao seu marido, Eva pegou na sua filhinha e levou-a ao hospital para também fazer uma queixa.
Mike foi preso, Claire nunca mais o viu ou o contactou e Eva foi ficando distante, supérflua, fria e arrogante.”

Demetria ficou a admirar Claire em silêncio enquanto digeria tudo o que tinha ouvido. Claire era uma pessoa com uma alma tão amistosa, tão pura, tão bela, não merecia o drama que a sua vida era.
Demetria não tinha nada a dizer-lhe, tudo lhe parecia inconveniente para a confortar.
Claire olhou para cima, para poder olhar para o rosto de Demetria. Não percebia o facto de a ter trocado pela sem-sal da Taylor, ela era maldosa! Demetria era uma alma abençoada e cheia de amor.
− Desculpa… − Claire murmurou a Demetria que ficou confusa com o seu pedido de desculpas.
Claire, que olhava para cima para poder ver o rosto de Demetria, colocou a sua mão esquerda no rosto de Demetria, elevou-se um pouco mais e beijou Demetria. Beijou-a desesperadamente e ansiosamente, lembrando-se lentamente dos seus lábios macios. Demetria foi apanhada de surpresa, mas não a rejeitou.
Demetria e Claire mataram saudades dos lábios de uma e da outra, separaram-se com pequenos beijos. Sorriram. Claire voltou a beijá-la mais calmamente. Demetria pôs automaticamente as suas mãos na bainha da camisa de Claire, retirou-as rapidamente quando pensou no seu ato involuntário.
− Não… Continua, Demetria. – Claire parecia tão embalada nos beijos e no conforto dos braços dela.
            − Claire, eu não te quero obrigar a nada… − Demetria foi interrompida com um dos dedos de Claire sobre a sua boca.
            − Faz amor comigo… Eu confio em ti. – Claire confessou de olhos fechados.
Demetria iniciou outro beijo mais rápido que o outro. Tirou a camisa de Claire deixando o seu soutien rosa exposto. Interromperam o beijo por instantes.
Demetria deitou-se para trás ficando com Claire em cima. Beijavam-se mais desesperadamente, de forma excessa. Claire tirou sem pensar ou pedir a camisola de Demetria. As suas intimidades pulsavam de desejo. Voaram para os pés da cama as calças jeans, os soutiens e as peças íntimas de ambas.
Demetria e Claire inverteram as posições, Demetria ficou por cima de Claire. Demetria começou a sugar cada um dos seios de Claire alternando entre o direito e o esquerdo e na intensidade.
Claire gemia e mordiscava o lábio inferior enquanto as suas mãos apertavam de leve o lençol da cama.
Demetria parou e fez uma trilha de beijos desde os seus peitos até à sua barriga, descendo cada vez mais e mais, até Claire sentir o constrangimento ir embora, a sua insegurança desapareceu com Demetria ali.
Demetria chupava e lambia a intimidade de Claire não para gozar imediatamente, mas para saber o que o verdadeiro prazer podia reconforta-la, fazê-la sentir-se amada. Claire puxava o cabelo da amada para tentar controlar os movimentos de Lovato. Demetria trocou a sua língua por dois dedos lubrificados pela própria saliva. Demetria penetrou os seus dois dedos em Claire. O vaivém prazeroso que fazia com os dedos começou vagaroso, a intimidade de Claire era ainda muito apertada.
− Demi… − Claire gemeu o nome da amada e deixou que uma lágrima solitária rolasse face abaixo. Demetria tinha o seu rosto frente ao de Claire.
− O que se passa, amor? – Demetria limpou o suor e os cabelos da sua face.
− Ao mesmo tempo que é prazeroso é doloroso… só isso. – Claire sorriu arqueando as suas costas na busca de prazer. Demetria beijou-a introduzindo mais um dedo e aumentado a frequência daquele movimento vaivém, Claire, por sua vez, massageou o próprio clitóris com movimentos circulares.
Claire sentiu uma onda de prazer invadi-la, escorreu pela sua intimidade abaixo, sujando os três dedos de Demetria com um líquido um pouco pegajoso. Demetria não hesitou e lambeu a intimidade lambuzada de Claire.
Claire arfou o nome de Demetria, sentia as pernas bambas de prazer.
− Queres provar? – Demetria ofereceu-lhe os seus dedos com o líquido de Claire. Claire estranhou a oferta mas aceitou. Lambeu os dedos de Demetria olhando-a, provocando-lhe uma imagem de prazer.
Demetria beijou Claire e massajou-lhe a intimidade que saltava de prazer. Parou o beijo com selinhos e encaixou a sua intimidade na de Claire e começaram um movimento de esfrega-las uma contra a outra. Claire gemia alto enquanto Demetria a beijava para abafar os gemidos que mais pareciam gritos.
Demetria gozou primeiro e só depois Claire, tinham as suas intimidades meladas pelo líquido de ambas. Claire sentiu de novo uma onda de prazer.
Demetria e Claire fizeram um 69 perfeito. Claire tinha toda a intimidade de Demetria para chupar com aquele líquido ou penetrar. Claire começou a penetrá-la devagar surpreendendo Demetria, foi a sua vez de a fazer gozar, e só depois a chupou ao mesmo ritmo que Demetria a chupava. Demetria adorou ser chupada por Claire. Ela era ótima naquilo
Demetria deitou-se ao seu lado, completamente pegajosa e cansada. Ouviu Claire rir e encarou-a.
− Amo-te, Demi. – Claire beijou-a.
− Eu também te amo. – Demetria abraçou Claire por trás formando uma espécie de conchinha.


Continue…

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